Estrutura Econômica

sexta-feira, 23 de agosto de 2014






Estudo recentemente publicado pelo jornal Folha de S. Paulo afirma que produzir no Brasil é 23% mais caro que produzir nos Estados Unidos.
Até aí, tudo bem. Qualquer cidadão interessado no País, leitor regular de nossos principais periódicos, já se deparou com as lamúrias de incontáveis empresários brasileiros. Tributação volumosa e complexa, infra-estrutura precária, legislação trabalhista custosa e confusa, agigantamento burocrático do governo (parece até que, à revelia de nossos mais ilustres juristas, somos todos culpados até que provemos o contrário)... Resumamos tudo em uma expressão assídua em nossos jornais: o custo Brasil.
Mas a leitura atenta pode provocar surpresa ao leitor: em tom pessimista, a publicação arrola, entre outros problemas, "[...] os salários pagos na indústria mais do que dobraram ao longo da última década".
Como o enriquecimento do trabalhador industrial brasileiro pode ser listado como um ponto negativo de nossa economia? Como podem nossos salários, muito inferiores aos padrões norte-americanos, nos colocar abaixo de nossos vizinhos ao norte do rio Grande?

                                                   



Mais do que conspiração "da elite branca", o leitor deve saber o seguinte: os salários pagos ao trabalhador industrial (a qualquer trabalhador) são apenas o lado monetário da economia real, aquela da produção concreta de bens e serviços disponíveis no mercado. Não basta, para resumir, ganhar bem; tem que produzir. Na última década, os trabalhadores brasileiros testemunharam seus ordenados crescerem; o mesmo não aconteceu com sua produtividade, que cresceu, em média, de acordo com a Folha, míseros 1% ao ano. Isso explica, em parte, as pressões inflacionárias atuais.
É por isso que, nos Estados Unidos, a indústria não vê problemas em pagar gordos salários a seus operários: a produtividade do trabalhador norte-americano é muito maior que a do seu irmão tropical.
Folha elencou uma série de problemas ligados à baixa produtividade da economia brasileira: rodovias, ferrovias e hidrovias precárias, custo de energia (gás natural, eletricidade) nas alturas... Mas, do ponto de vista do trabalhador, o problema é um só: falta de qualificação (leia-se: falta de estudo mesmo). 
Enquanto nossos jovens continuarem saindo das escolas brasileiras analfabetos funcionais, os sonhos dos trabalhadores - a dignidade decorrente da qualidade de vida - não serão mais que quimera.  




 

Em tempo: o jornal O Estado de São Paulo publicou, há poucas horas, uma triste notícia: conforme avaliação do governo do estado de São Paulo, o ensino médio paulista teve o pior desempenho nos últimos seis anos. Duas observações rápidas: 1) como se não fosse ruim o suficiente; 2) será que estamos pelo menos melhorando ao longo dos últimos anos?



http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,ensino-medio-no-estado-de-sao-paulo-tem-pior-nivel-em-6-anos,1546438


Postado por Thiago Ferreira.



terça-feira, 09 de setembro de 2014




Investimentos caem 5,3%.

Foi visto na divulgação do ultimo resultado do PIB que houve uma queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior.
Um dos índices que tiveram grande influência na queda do PIB no 2º trimestre foram os Investimentos, que apresentaram uma de queda de 5,3% em relação ao 1º trimestre, sendo que essa queda vem se acentuando a 5 trimestres consecutivos, sendo que neste último o recuo foi o maior. Esse valor negativo nos investimentos do país só foi ainda menor durante a crise internacional de 2008/2009, onde os investimentos foram de cerca de menos 11%.

 Devido ao ano eleitoral, é bem provável que esta conta não se recupere tão facilmente, pois os empresários estão retraídos e tendem a não investir, pois não se sabe como ficará a gestão do país nos próximos 4 anos e nem o rumo que a economia irá tomar, enquanto não sair o resultado das urnas, o futuro é incerto, e ninguém quer arriscar.

Postado por Daiany Vaz




terça-feira, 09 de setembro de 2014





Recessão Técnica

   No último dia 29 foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o resultado do 2º trimestre do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, e com isso o termo recessão técnica passou a ser algo corriqueiro na mídia nacional.
   Para entendermos o que representa este termo para sociedade, temos que analisar o resultado atual e compararmos com o trimestre anterior. Na prática este termo é utilizado para indicar que por 2 trimestres consecutivos não houve crescimento na economia do país, ou seja, que ela está estagnada.
   Porém, no caso atual da economia brasileira esta queda é como um sinal de que algo não vai bem, mas que ainda não é totalmente comprometedor, pois para que haja de fato uma recessão, é necessário que demais fatores também tenham um mau resultado, como altas taxas de desemprego, queda de produção e consumo, entre outros. E no momento não é o que está ocorrendo, como mesmo fala o Ministro da Fazenda Guido Mantega, "Recessão é quando tem desemprego aumentando e a renda caindo, aqui temos o contrário."
   Já o professor da PUC-SP, Claudemir Galvani explica que: "A partir do terceiro trimestre consecutivo com PIB negativo, o país já pode estar em recessão real, porque é muito tempo sem crescimento e passa a ter reflexos no consumo, emprego, etc."
   Resta a nós aguardar o que acontecerá neste 3º trimestre que está em andamento, para saber se as alterações feitas pela Presidente e sua equipe através do ministro Mantega, surtirá efeito no próximo resultado do PIB.


Postado por Daiany Vaz

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